Estruturas

A conceção estrutural adotada visou o cumprimento de rigorosos critérios de segurança e bom comportamento estrutural de todas os componentes da estrutura, não só em termos de “estados limite últimos de resistência”, mas ainda de funcionamento em “condições de serviço”.
A estrutura em betão armado adotada é do tipo porticada, com pilares, paredes e núcleos resistentes. Não foram adotados elementos pré-fabricados na estrutura. Todos os elementos de betão armado são moldados em obra, de forma a garantir a continuidade e uma perfeita ligação entre as diversas peças estruturais. O edifício é constituído na generalidade por lajes maciças em betão armado, do tipo fungiformes, com ganhos consideráveis do ponto de vista acústico (nomeadamente aos sons aéreos), do ponto de vista térmico (inércia térmica) e do ponto de vista do comportamento sísmico.
Ressalva-se ainda que a Arquitetura assume alguns elementos em betão armado como elementos “à vista”, conferindo a esses componentes estruturais uma função estética, nomeadamente os tetos em betão nas salas e varandas dos apartamentos e determinados muros de suporte nos pisos de cave. Foi tido especial cuidado com a proteção hidrofóbica desses elementos expostos, com a aplicação de uma impregnação inibidora de corrosão.

Térmica

A componente térmica assumiu desde logo elevada importância no desenvolvimento dos projetos, no sentido em que se adotaram medidas que nos levassem além do “minimo regulamentar”. Desde logo através da adopção de soluções construtivas mais eficientes, onde se destacam as seguintes:
- Envolventes verticais com bloco térmico de alvenaria e 8 cm isolamento térmico (EPS);
- Envolvente em contacto com a garagem com laje de betão armado com isolamento térmico (XPS) aplicado sob a laje, com 8 cm de espessura;
- Cobertura exterior com laje maciça e isolamento térmico sobre a laje com 10cm de espessura (XPS);
- Vão envidraçados constituídos por vidros com baixo coeficiente de transferência de calor, caixilho com corte térmico, sendo que o conjunto confere uma elevada eficiência.
Por outro lado, adoptando sistemas técnicos com recurso a fontes de energia renovável e elevada eficiência, obtém-se um elevado conforto térmico. As soluções adoptadas traduzem-se num elevado desempenho energético, obtendo, segundo o sistema de certificação energética (SCE) uma classe energética de A, em todos as fracções que constituem o edifício.

Acústica

As soluções técnicas construtivas preconizadas em projeto visam o conforto acústico no interior do edifício, resultando num desempenho acústico superior.
Ao nível dos ruídos de percussão considerou-se a inclusão de manta acústica sobre as lajes de todos os pisos. Optou-se por lajes maciças em betão armado por forma a obter um Rw de 54 dB para a transmissão de ruídos aéreos. Houve um especial cuidado na laje localizada entre a garagem e os apartamentos, ao considerar a interposição de uma camada de isolamento em Poliestireno Extrudido com 80mm de espessura, incrementando o isolamento a sons a aéreos até a um Rw de 62 dB.
As caixilharias são constituídas por vidro duplo garantindo um Rw de 35 dB, enquanto as portas de entrada apresentam um corte acústico de 42 dB. Na parede de separação entre apartamentos houve um especial cuidado ao optar por bloco acústico com um Rw de 51 dB, para sons de condução aérea. A parede em betão armado da caixa de escadas foi revestida por um pano em gesso cartonado com interposição de uma camada de lã de rocha, na face voltada para o interior dos apartamentos, garantindo um Rw de 60 dB a sons aéreos.

AVAC / Climatização

No que diz respeito aos sitemas técnicos (aquecimento/arrefecimento ambiente e produção de águas quentes sanitárias), adotaram-se por um lado sistemas que recorrem a fonte de energia renovável, e por outro, apresentem uma elevada eficiência.
No caso da climatização, aquecimento e arrefecimento, é usada a fonte de energia renovável Aerotermia, através de uma unidade condensadora do tipo multi-split (bomba de calor) e unidades interiores do tipo conduta, que conferem a cada habitação um sistema eficiente, versátil, oculto e com baixo ruído.
No caso da produção de água quente a fonte de energia renovável utilizada foi o solar térmico, cada fracção dispõe de um sistema individual composto por painel e depósito de acumulação no interior da fracção.

Segurança Contra Incêndios

Ao nível da Segurança Contra os Riscos de Eclosão de Incêndio, o Edifício DOMUS BRACARA está dotado com as mais avançadas técnicas, relativamente às medidas e aos meios de segurança, que visam a salvaguarda de pessoas e bens. O Edifício cumpre todo o articulado legal em vigor em Portugal e na União Europeia, e obteve ainda Parecer Favorável da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC). No que concerne aos meios de combate ao incêndio o edifício está dotado com extintores portáteis e bocas de incêndio armada do tipo carretel com mangueira semirrígida, que permitem a primeira intervenção em caso de incêndio por qualquer dos ocupantes. A segunda intervenção, reservada ao corpo de bombeiros, é garantida pela instalação de uma rede seca instalada na Via de Evacuação Vertical Protegida que será alimentada pelos veículos de socorro através de uma boca de alimentação Siamesa instalada junto da entrada principal.

Realça-se ainda que o edifico está protegido ao nível da Cave -2, por um Sistema Automático de Extinção de Incêndio por Água (Sprinklers). Os pisos de estacionamento estão integralmente cobertos por um Sistema de Deteção Alarme e Alerta constituído por uma Central de Deteção de Incêndio, detetores óticos de fumos, botoneiras manuais de alarme criteriosamente localizadas e sirenes de alarme de incêndio. Para a Via de Evacuação Vertical foi previsto um sistema de desenfumagem passiva com a admissão de ar novo e evacuação de fumos. Todos os materiais de revestimento utilizados nas vias de evacuação horizontais e verticais cumprem a classificação de reação ao fogo legalmente exigida, bem como os materiais utilizados no revestimento de fachadas garantem a classificação de reação ao fogo B s1-d0.